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20 anos do sistema integrado 30/06/2012 - Fortalbus Fortaleza completa amanhã 20 anos de implantação do SIT, Sistema Integrado de Transportes, que implantado com certo pioneirismo na região Norte/Nordeste, representou um grande avanço no transporte público da capital cearense. O sistema passou a proporcionar integração física e tarifária através da inauguração dos primeiros terminais integrados no dia 1º de julho de 1992. Além do benefício da tarifa unificada e da possibilidade de pegar mais de um ônibus com o mesmo bilhete, o SIT trouxe outras mudanças, como a padronização visual dos veículos, aquisição de veículos dotados de três portas do tipo “padron” e embarque pela porta dianteira. Outra mudança foi a maneira de arrecadação das empresas, que através da câmara de compensação, passou a ter o repasse de recursos recolhidos na operação de linhas mais lucrativas para as permissionárias das menos lucrativas. O investimento para a implantação do projeto e a aquisição de novos veículos foi garantido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mediante o atendimento das especificações técnicas exigidas. O poder público entrou com o projeto e a construção de seis terminais no valor total aproximado de US$ 6 milhões. O investimento das empresas privadas, na compra de cerca de 300 ônibus pesados, somou US$ 27 milhões. Os empresários tiveram um ano de carência para o pagamento da dívida. Como as linhas passaram a ser baseadas no sistema tronco-alimentado, as três pinturas tinham o propósito de identificar cada tipo de percurso, onde os troncais eram representados pelos ônibus de cor azul, os circulares pela cor laranja e os alimentadores por verde. Entretanto, a aplicação de veículos em suas respectivas linhas não funcionou ao pé da letra, e com o passar dos anos, apenas o layout azul permaneceu. O sistema foi se organizando aos poucos, além dos terminais de Messejana e Antônio Bezerra, foram inaugurados em 1993 outros quatro terminais de integração, Papicu em janeiro, Lagoa em julho, Parangaba em agosto e Conjunto Ceará em setembro. No mesmo ano, foi realizado testes com o equipamento que fazia a leitura do código de barras das carteiras de estudante, mais tarde implantado em todos os veículos do SIT. Ainda em 1993, foi criado a ETTUSA, vinculado a Secretaria de Transportes do Município (STM), permanecendo até 2006. Em substituição foi criada a ETUFOR - Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S/A. O SIT deixou a frota de ônibus mais nova, reduzindo a idade média de 4,62 anos em maio de 1992 para 3,66 em 1993. Com a integração, reduziu substancialmente o número de passageiros catracados, ou seja, aqueles que pagam tarifa, onde boa parte dos passageiros passou a pagar apenas uma tarifa diária para cada deslocamento. A velocidade média na linha troncal-paradora e na troncal-expressa aumentou de 15 km/h para 19 km/h. Em 1995, o embarque voltou a ser realizado pela porta traseira. Em novembro do mesmo ano, foi inaugurado o sétimo e último terminal, o Siqueira. Além dos sete terminais integrados fechados, existem dois abertos não integrados localizados no centro da cidade, Praça Coração de Jesus e Praça da Estação. O atual padrão visual dos ônibus de Fortaleza foi concebido no ano 2000, quando o azul passou a ser marca registrada do transporte da capital cearense. As empresas Via Urbana, Fortaleza e São José foram as primeiras a adquirir veículos com a nova pintura padrão. Com o passar dos anos, o Sistema Integrado foi tentando se adequar as necessidades da população, porém, ao mesmo tempo se tornava obsoleto. Hoje, os terminais sofrem com a demanda que cresce a cada dia, obrigando aos órgãos gestores procurar alternativas para minimizar as conseqüências do crescimento da metrópole. Atualmente, Fortaleza possui uma das tarifas integradas mais baratas do País, mantendo o congelamento da tarifa no valor de R$ 1,80 por mais de quatro anos, entre dezembro de 2004 e maio de 2009. Hoje, a tarifa custa R$ 2,00, sendo que aos domingos a tarifa social é R$ 1,40. Iniciado como projeto piloto em julho de 2007, a Integração Temporal surgiu com o objetivo de otimizar o tempo e reduzir os gastos com viagens dos passageiros. Ao invés de precisar ir até um terminal de integração para trocar de ônibus, o usuário passou a trocar de veículo nas próprias vias, com a garantia de que não precisará pagar pelo segundo ônibus. Para isso, basta que o passageiro respeite o tempo de integração temporal e que possua um vale-transporte eletrônico ou uma carteira de estudante com créditos. É necessário que o passageiro conheça também as combinações da sua linha de ônibus, ou seja, quais as linhas que estão integradas com o primeiro ônibus que ele pegou. A partir de 2008, toda a frota passou a ser monitorada pela Etufor através do Global Positioning System (GPS). O sistema auxilia a administração municipal no gerenciamento do transporte público, fornecendo informações diárias sobre o desempenho dos ônibus nas ruas da cidade. Além de ter uma das frotas com menor idade média do país, o sistema integrado de Fortaleza conta com quase 900 veículos equipados com plataforma elevatória. Até 2014, 100% da frota da capital deverá estar adaptada. O primeiro terminal integrado inaugurado em 1992, o de Antônio Bezerra, é também o primeiro a receber obras de reforma e ampliação. Suas obras se arrastam desde 2009 devido ao atraso nas desapropriações, entretanto, o Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor), prevê a entrega do equipamento ainda para este ano. Existe a possibilidade de integração das linhas de ônibus de Caucaia, na Região Metropolitana, com a frota de Fortaleza. Reprodução Quando pronto, o novo terminal modelo de Antônio Bezerra terá sua capacidade ampliada para 350 mil passageiros por dia, além de ser equipado com mais banheiros túneis que servirão de passarela, bicicletário e maior conforto com a ampliação das plataformas de embarque. Outra novidade aguardada pelos fortalezenses é a plena integração do metrô com os ônibus, que deverá inicar pelo terminal de Parangaba, localizado ao lado da estação elevada. Certamente este será um grande benefício para os moradores da região metropolitana, contribuindo para a mobilidade e o bem estar dos usuários do transporte público da capital cearense.