30/01/2017 - Folha de Pernambuco
Ainda é distante do ideal, mas, aos poucos, ônibus com arcondicionado em linhas convencionais - não as opcionais - voltam a fazer parte da realidade do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/ RMR). A mais nova linha a contar com veículos do tipo é a 166-TI Cajueiro Seco (Rua do Sol), que tem tarifa A (R$ 3,20) e permite que os usuários integrem com outros coletivos até terminais como os do Cabo de Santo Agostinho e do Barro.
A novidade também qualifica ainda mais o serviço de transporte no corredor da avenida Marechal Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, por onde outra linha - a 185-TI Cabo - também já circula, há cerca de dois anos, com veículos climatizados.
Na 166-TI Cajueiro Seco (Rua do Sol), cinco dos 11 ônibus da frota são refrigerados. Eles começaram a circular no início deste ano. A promessa da Vera Cruz, operadora da linha, é de que, em fevereiro, mais cinco veículos com o diferencial passarão a fazer o percurso. Já na 185-TI Cabo, operada pela São Judas Tadeu, 12 dos 18 ônibus têm ar- condicionado.
A tarifa, porém, é mais cara - R$ 4,40 (anel B). Na prática, as linhas podem acabar disputando o mesmo público na Estrada da Batalha e nas avenidas Mascarenhas de Morais e Sul, corredores comuns ao trajeto das duas.
Como em toda concorrência, melhor para os consumidores, nesse caso, os passageiros, que viram a oferta de ônibus climatizados aumentar na região. “Quando não passa [o ônibus com ar] de uma linha, passa o de outra. É um conforto, sem dúvida, em meio às decepções todas com o transporte”, afirma a vendedora Marília Natália, 27 anos.
Como nem toda a frota dessas linhas é climatizada, embarcar num veículo com o equipamento ainda é questão de sorte. “Se a tarifa é a mesma dos sem ar, melhor esperar e ir no ‘geladinho’”, avalia a auxiliar de serviços gerais Kátia Rodrigues, 43.
Conforto na crise
De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, gestor do sistema, apenas 32 ônibus convencionais de uma frota de 2,8 mil são climatizados. Esse número não inclui os veículos de linhas opcionais, que também têm ar condicionado, mas têm tarifa mais cara e oferecem um serviço diferenciado.
No início dos anos 2000, várias linhas já tiveram veículos que ofereciam esse conforto, mas, devido aos altos custos da operação, o serviço foi deixado de lado.
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