Obras de mobilidade aguardam desapropriações

12/12/2011 - Mobilize Brasil, Gabriela Ribeiro

As quatro obras de mobilidade urbana do governo estadual têm ordem de serviço assinada, mas esbarram na desapropriação de ao menos 250 imóveis.

No total, estão planejados R$ 991,3 milhões em investimentos viários e no transporte público até 2013. O destaque é para a construção de três corredores rápidos de ônibus, os chamados BRTs (Bus Rapid Transit).

Essencial para a Copa do Mundo, o BRT Ramal Cidade da Copa será a principal via de acesso ao município de São Lourenço da Mata, na Grande Recife. É lá que está sendo erguida a Arena Pernambuco, que integra um projeto urbanístico que leva o nome do ramal de BRT.

A linha terá 6,3 km de extensão, saindo da av. Belmiro Correia, em Camaragibe, e cruzando a Cidade da Copa até a BR-408, que está sendo duplicada. Além do BRT, o ramal terá duas pistas de carro, ciclovia, uma ponte e um viaduto sobre o metrô.

Outra obra que deve facilitar o acesso à Arena Pernambuco é a do Terminal Integrado Cosme e Damião, que será construído ao lado de uma estação de metrô em São Lourenço da Mata numa área de 7.625.74 m². A construção do metrô já começou. Mas para as obras do terminal, o governo ainda negocia a remoção de 58 imóveis e a compra de 14 terrenos.

A estimativa do governo é que o Terminal Integrado seja entregue no final de 2013, quando os três BRTs de Recife estiverem em funcionamento. O Cosme e Damião terá duas plataformas de embarque e desembarque, uma para ônibus convencionais e outra para ônibus do BRT.
 
Integração

Além das obras que vão atender diretamente o estádio da Copa, o governo planejou outros dois BRTs para integrar a Região Metropolitana do Recife. O corredor Norte-Sul, que vai passar pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife.

Com 12,5 km de extensão, o corredor Leste-Oeste vai fazer o transporte de passageiros do bairro Derby, que fica próximo ao centro da cidade, até o Terminal Integrado de Camaragibe, atravessando a avenida Caxangá, onde as paradas serão substituídas por estações.

Também planejada para a Copa, a Via Mangue será a primeira via expressa do Recife. Com 4,37 km de extensão, é a única obra da Copa sob a responsabilidade da prefeitura. As obras começaram em junho, com dois meses de atraso em relação ao prazo da Matriz de Responsabilidades. Mesmo assim, a prefeitura estima que 20% do projeto está concluído.

A Via Mangue vai atender à zona sul, que concentra o setor hoteleiro de Recife. Serão construídas faixas de rolamento para veículos, dois elevados, oito pontes, duas alças de ligação, ciclovias e calçadas de pedestres.
 
Obras de mobilidade em Recife

BRT Ramal Cidade da Copa
Status: atrasada
O que é: com 6,3 km de extensão, BRT ligará o centro de Recife à São Lourenço da Mata, cidade onde está sendo construída a Arena Pernambuco.
Estágio: ordem de serviço foi assinada em 1º de outubro; obra aguarda desapropriações.
Valor: R$ 182,6 milhões (R$ 99 milhões financiados pela CEF).

BRT Norte / Sul
Status: atrasada
O que é: sistema de corredores rápidos de ônibus (BRT) vai ligar os municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista e Olinda à capital do Pernambuco.
Estágio: ordem de serviço assinada em 17 de novembro; obra aguarda desapropriações.
Valor: R$ 219,6 milhões (R$ 159,1 milhões financiados pela CEF).
BRT Leste/Oeste
Status: atrasada
O que é: sistema de corredores rápidos de ônibus (BRT).
Estágio: ordem de serviço assinada em 17 de novembro; obra aguarda desapropriações.
Valor: R$ 133,6 milhões (R$ 71 milhões financiados pela CEF).

Terminal Cosme Damião
Status: atrasada
O que é: terminal vai integrar os três BRTs da cidade ao metrô.
Estágio: ordem de serviço assinada em 21 de outubro; obra aguarda desapropriações.
Valor: R$ 21,7 milhões (R$ 15 milhões financiados pela CEF).

Corredor da Via Mangue
Status: iniciada
O que é: primeira via expressa de Recife, obra da prefeitura terá 4,5 km de extensão. Criará um corredor exclusivo de veículos para a zona sul da cidade, que concentra o setor hoteleiro.
Estágio: obras começaram em junho de 2010, com dois meses de atraso.
Valor: R$ 433,8 milhões (R$ 331 milhões financiados pela CEF).

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